22.10.07

Oblivium


Nada tenho a dar-te, além desta dor:
Tudo o que tenho é teu,
Todos os gritos e todo o sangue,
Toda a crueldade fria e cortante,
Todas as palavras delapidantes,
Todo o som que faz chorar,
O meu pior e o meu absoluto pior,
Toma-o,
É todo teu,
Porque nada mais tenho a dar-te,
Que este enlace mórbido e ferido,
Porque tudo o que tenho é dor,
E tudo o que não tenho,
Também!

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