9.1.08

o_Fim


A sangue frio...
Tu deixas-me.
Noite e dia,
Do NaSCeNtE ao PoEnTe.
Consegues ouvir isto?
O pulso,
Pulsando...
Eu estou no teu abismo,
Concreto e definido,
Afundando esse fundo,
De ti frágil e silenciosa...
Olhas-me.
Sim...
Tu olhas-me,
Agora,
Aqui...
Nas palavras.
DIRECTAMENTE.
E eu gelo...
Encontras-me,
Ao rasgar-te,
Cada detalhe da tua pele,
Cada arrepio do teu "isso"...
Penso que é quarta-feira.
No ecrã,
Amor feito...
O sol nasce sobre o rio.
Sem palavras "entro-me-te",
Por onde não queres...
Tu choras.
Gritas: "CIDADE e AUTO-ESTRADA".
Sobre mim,
Acelero.
Que queres?
Eu agradeço ao teu corpo,
Pelo alimento,
A mesa do sonho,
No eclodir ao acordar,
Aflorando as entranhas.
Ardes-me...
Queimando-te...
Bebendo-me...
Apunhalando-te...
Encarnando-me...
Rendida,
Entre as gotas do orvalho,
Ofertando,
Quem ao tocar sente
O sentir que não toca...
De lado a lado,
Como um barco de vertigens,
O meu corpo já teu,
Vazio de mim,
Cheio em ti,
E eu declínio,
Renuncio ao respirar,
E deixo-me,
Neste fim,
Que esta prosa diz:
Teu adeus...
.

Nenhum comentário: