Estrangulas as arestas da minha boca,
Desalinhando o toque frio,
No acaso dos dias sombrios,
Na ditadura desse beijo,
Como quem engole com a fome,
Todos os sulcos matinais,
Debilitados e quebrantes,
Onde me queimam,
E assim ardendo,
Com mais fogo,
Na mesa que é o teu corpo,
Sedoso e mastigante,
Meu anjo, meu tudo,
Meu mesmo eu,
Onde o coração está cheio de tanto,
Porque mais ninguém cabe,
Onde tu embriagas,
Amarga a sede que dilacera,
Neste peito mutilado,
Extraído,
Porque assim te pulso,
Silenciado,
Neste canto que é destino,
Só.
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