18.7.08


Tu,
senta-te aqui,
nesta terra que és mundo,
e dela colhendo a saudade,
viagem que és mar,
como quem lê o que chora,
gemendo de tanto frio,
neste céu que eu chovo,
e não te afundas,
mesmo no pranto,
entre os abraços,
que mergulhas em mim,
tatuando a alma no papel,
e,
olhando-nos assim,
porque agora estou onde estás,
e tu estás onde sou,
sem saber o que dizer-nos,
porque é difícil escrever-te,
e dói-me esta frase,
onde te sinto lá no fundo,
onde caio,
desfalecido,
sem espaço no teu lugar,
longe,
observante,
mas espero,
espero porque quero-te,
em qualquer lugar,
em qualquer tempo,
mesmo que partas sem nada dizer,
mesmo que digas partindo-me,
e tu sabendo que daqui não saio,
quero-te neste verbo,
conjungado entre os beijos,
que os nossos olhos trocam,
tu daí e eu daqui,
além
.

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