
Agora mesmo,
sou
todos os teus perfumes,
e cresço no chão,
sem escadas para ti,
para que as lágrimas levantem vôo,
nas coisas altas das nuvens,
e para que chovam,
sem que nelas possa molhar-me,
e assim secando,
esta dor lacrada,
como um silêncio de nós,
de nós e quase nada,
do que havia e já não há,
barriga cheia de espuma,
mas,
declaro-te em amor,
especialmente agora,
declaro-te em amor,
o amor do amor,
porque agora penso-te,
onde nunca estive,
entre as linhas da poesia que morreu,
livraria de memórias,
de quem longe,
ainda vive neste lado da história.
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