6.10.08

L



Agora mesmo,

sou

todos os teus perfumes,

e cresço no chão,

sem escadas para ti,

para que as lágrimas levantem vôo,

nas coisas altas das nuvens,

e para que chovam,

sem que nelas possa molhar-me,

e assim secando,

esta dor lacrada,

como um silêncio de nós,

de nós e quase nada,

do que havia e já não há,

barriga cheia de espuma,

mas,

declaro-te em amor,

especialmente agora,

declaro-te em amor,

o amor do amor,

porque agora penso-te,

onde nunca estive,

entre as linhas da poesia que morreu,

livraria de memórias,

de quem longe,

ainda vive neste lado da história.

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